A partir da própria experiência, a autora aborda temas                              difíceis de forma cuidadosa e delicada. Fala sobre violên-

                   cia doméstica infantil, sobre os limites do amor materno,

                   sobre o papel dos pais diante da violência sofrida pelos

                   filhos e sobre a superação de mágoas.

 

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Na infância, como muitas outras crianças, sofreu maus tratos físicos e psicológicos por parte de sua genitora. Ao longo da vida sofreu difamação e foi colocada em situações humilhantes.

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Mesmo vivendo num ambiente conturbado e sem perspectivas, conseguiu manter certo equilíbrio, que a conduziu a uma carreira profissional bem-sucedida e a um casamento feliz.

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Somente quando, por acaso, leu um livro sobre psicopatia, conseguiu perceber  que sua mãe possuía muitos traços daquele tipo de transtorno. Assim, aos poucos, compreendeu  que não haveria como despertar-lhe o amor que tanto buscava.

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Foi preciso aceitar a realidade e passar por longo processo de entendimento e de perdão, como forma de libertar-se das muitas mágoas. "Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos escolher os nossos caminhos. Eu escolhi o amor e o perdão."

Mais que uma catarse, este livro é um alerta sobre o nosso papel diante da    violência   doméstica   infantil   e   nos   oferece    pistas 

para o reconhecimento da psicopatia e de como podemos lidar com ela.